CONTINUAÇÃO...
- Caracterizar movimentos anti-hegemônicos.
Os movimentos anti-hegemônicos foram aqueles que lutavam contra a hegemonia das potências, através do não aliamento e criação e blocos anti – hegemônicos, como a conferência de Bandung e o pan arabismo.
- Compreender o papel do Pan arabismo e da Conferência de Bandung como movimentos anti-hegemônicos.
Ambos os movimentos lutavam contra a hegemonia EUA e URSS. O pan arabismo, através da criação de um enorme Estado árabe, a fim de conter o neocolonialismo, que era uma arma para manter as hegemonias. E a conferência de Bandung, lutou pelo direito de ficar neutro na guerra fria, ou seja, não se juntar a OTAN nem ao Pacto de Varsóvia, a idealizadora disso foi a china e vários estados acabaram se alinhando a China.
- Relacionar o conflito árabe-israelense com a crise do petróleo.
Os árabes tinham uma histórica rivalidade com os judeus, quando ocorreu a criação de Israel( um estado judeu), os Árabes não aceitaram. Os EUA, apoiou os Judeus, já que grande parte de sua economia esta nas mãos de judeus. Isso acabou dando início á uma guerra entre os Árabes( o centro era Cairo, Egito) e os judeus. A URSS vendo que os EUA apoiaram Israel , resolvem dar apoio aos Árabes. Os Árabes, comandado pelo Egito resolvem diminuir a produção de petróleo a fim de prejudicar não só os EUA como o mundo inteiro, já que grande parte do petróleo do mundo estava no mundo árabe. Esta ação acabou causando uma enorme inflação no preço do petróleo, esta ação ficou conhecida como crise do petróleo.
- Caracterizar o neoliberalismo.
Após a crise do petróleo de 1973, eles começaram a defender a idéia de que o governo já não podia mais manter os pesados investimentos que haviam realizado após a II Guerra Mundial, pois agora tinham déficits públicos, balanças comerciais negativas e inflação. Defendiam, portanto, uma redução da ação do Estado na economia. Desde então o Estado passou apenas a preservar a ordem política e econômica, deixando as empresas privadas livres para investirem como quisessem.
- Contextualizar o neocolonialismo na Guerra Fria.
Através de uma independência formal, mas não efetiva, nações da áfrica, oriente médio e sudeste asiático, mantinham fortes relações com a ex-metrópole, isto acontecia através da DIT e da colocação de governos manipuláveis.
- Relacionar a Crise de Suez e o pan-arabismo.
Pan arabismo era um movimento anti-hegemônico, cujo foco principal era a criação de um enorme Estado árabe, para lutar contra o neocolonialismo imposto pelos países desenvolvidos, principalmente na Europa. As potências européias nada contentes com isso, resolvem fechar o canal de Suez(uma passagem do mar mediterrâneo, para o mundo árabe) já que o mesmo foi construído pelos europeus para atenderem as suas necessidades. Isso prejudicou muito os árabes pois aquele canal era feito para poder exportar para Europa e se o mesmo fosse fechado eles teriam que fazer a rota do périplo africano que seria muito mais cara.
- Compreender o episódio Crise dos Mísseis.
A URSS estava enviando armamentos para Cuba (um país colado nos EUA), um avião espião americano tira uma foto e uma bomba, pois por descuido não estava coberta. Os EUA quando souberam da notícia, tentam utilizar da diplomacia, pedindo ao governo soviético para tirar as bombas de território cubano, caso contrário, a guerra seria inevitável foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de outubro Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis estadunidenses da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.
- Contextualizar as ditaduras militares latino-americanas na Guerra Fria.
A maior expressão da Guerra Fria na América Latina seguiu-se com a implantação de governos militares ditatoriais em grande parte de seus países. Isso na tentativa de conter os movimentos pró socialismo. Têm-se muitos exemplos da participação norte-americana nas instalações de ditaduras latino-americanas como, por exemplo, em 1973 no Chile. Na Argentina também se vê o golpe amparado pelos EUA. Aí as estratégias foram mais contidas do que em outros, mas é comprovada a ligação entre os golpistas argentinos e o governo estadunidense.
Isso foi impulsionado pela forte influência exercida por Cuba na América Latina. A idéia de comunismo e figuras marcantes como Fidel Castro e Che Guevara faziam das ideologias socialistas algo real e de grandes possibilidades de surtir efeito.
Uma breve análise sobre a Guerra Fria
Leonardo
Luiz Silveira da Silva
Na
maior parte dos materiais encontrados acerca da Guerra Fria, podemos
notar que o seu período de extensão é delimitado pelo ínterim
compreendido pelos anos de 1945 e 1991. Este intervalo, que não é
sugerido por acaso, é marcado pelo final da Segunda Guerra Mundial
(1945) e pelo golpe de Estado que pôs fim a União Soviética, dando
origem a Rússia e diversos países que compunham o império
soviético, a saber: A Estônia, Lituânia e Letônia (chamadas de
repúblicas bálticas em algumas regionalizações européias), A
Ucrânia e a Bielarus (Bielorrúsia), a Moldávia, o Azerbaijão, a
Armênia e a Geórgia, além das repúblicas do stão, Casaquistão,
Uzbequistão, Turcomenistão e Tadjiquistão. A Rússia, que
correspondia a cerca de 85% de toda a área do império soviético,
manteve a sua posição como maior país do mundo em extensão, mesmo
após perder esta grande quantidade de terra que era parte integrante
do antigo império comandado por Moscou (fato ocorrido em 1991).
A
data do fim da Guerra Fria não apresenta sérias controvérsias, à
medida que o sistema que opunha duas potências bipolares
ideologicamente antagônicas findou-se com o golpe de Estado que
destituiu do poder Mikhail Gorbatchev, acabando com a exclusividade
do partido socialista e com o regime como um todo. O início da
Guerra Fria, contudo, é digno de um debate mais apurado, pois, antes
mesmo que a Segunda Guerra chegasse ao fim, URSS e EUA já se
percebiam como novas forças de um mundo caracterizado pela presença
de um continente Europeu, que era tido como o principal centro
político econômico até então, completamente arrasado após ter
experimentado os horrores da Guerra.
Os
primeiros anos da Guerra Fria foram marcados pelo desequilíbrio
pró-Eua, apesar da URSS ter terminado a guerra com importantes
conquistas e feitos particulares, como o cerco à Berlim. Isto se
deve ao efeito moral da arma utilizada em Hiroshima e Nagasaki. Após
o teste atômico soviético, no final da década de 1940, a balança
de poder se equilibra, fazendo valer um princípio que deu o tom da
Guerra Fria, e justifica até mesmo o nome dado a este período: o
M.A.D.
Do
inglês “Mutual assured destruction”, o princípio M.A.D se
baseava na ausência de guerra direta entre as potências hegemônicas
devido a mútua percepção de que os seus poderosos armamentos
faziam de uma guerra entre eles um conflito sem vencedores. O modo de
intervenção em conflitos regionais foi o de oposição, marcado
pelas ações das potências nos conflitos na Coréia, Vietnã e
Afeganistão, além do episódio conhecido como Crises dos Mísseis,
que, se não era um conflito regional, era um momento de tensão
entre as potências que acabou com a via diplomática, fazendo valer
o princípio M.A.D.
A
Corrida Espacial, que foi outro marcante evento da Guerra Fria, foi
uma disputa entre as potências para ver qual era o programa espacial
tecnologicamente mais avançado que fosse capaz de trazer o homem à
lua. A URSS saiu na frente ao colocar o primeiro artefato humano no
espaço, assim como em colocar o primeiro ser vivo e o primeiro homem
em órbita. O grande objeto de desejo, o pouso tripulado à lua, foi
feito pela missão Apolo norte-americana. Os objetivos da corrida
espacial eram meramente propagandísticos e ligados ao campo militar
e das telecomunicações. No campo militar, destaca-se a evolução
da balística como também do sensoriamento remoto.
A
crise do petróleo, em 1973, deu início a um período economicamente
difícil. Causada pelo boicote de países árabes à plena produção
do petróleo devido ao apoio da URSS e dos EUA a Israel no conflito
do YOM KIPPUR (1973), marcou o final de um período de grande
abonança econômica. A década de 1980, marcada pela tentativa de
recuperação econômica de diversos países, é conhecida como a
década perdida, devido ao baixo crescimento econômico. Como solução
ao difícil momento, os EUA e o Reino Unido, através de Ronald
Reagan e Margareth Thatcher, apresentaram o modelo neoliberal, que
consistia em uma série de medidas políticas que visavam a
diminuição do papel do Estado na economia, cortando gastos e
vendendo estatais. Tal solução foi imposta a países endividados do
mundo, com o FMI sendo o instrumento de persuasão por parte dos
Estados Unidos, como foi no caso do Consenso de Washington.
Em
1985, uma URSS economicamente combalida adotava reformas que a
aproximava do capitalismo. Estas reformas, idealizadas por Mikhail
Gorbachev, chamadas perestroika e glasnost, atingiam a economia e a
política, garantindo o aumento das liberdades civis, sejam elas
liberdades econômicas (perestroika) ou políticas (glasnost). O
recado estava dado da URSS para a periferia socialista do mundo. O
modelo rígido não funcionava mais. As reformas de Gorbachev deram
início a um efeito dominó que derrubou diversos regimes no leste
europeu, culminando com a queda do muro de Berlim, que reunificou a
Alemanha. Era somente uma questão de tempo o fim da URSS, que,
cercada de pressões de diversas esferas internas e externas,
construiu um ambiente político para que um golpe de Estado ocorresse
em agosto de 1991, sendo o último capítulo da Guerra Fria, e dando
origem a uma Nova Ordem Mundial.
Capítulo
4 – Mundo bipolar
- Conceituar Balança de Poder.
Distribuição
de poder entre atores (países do mundo) de um sistema politico, em
dado momento. Pode ser Bipolar, ou seja, com duas potências que
dominam, forçando os outros países a escolherem um lado. Pode gerar
Paz Armada e o M.A.D. Pode ser também Unipolar, um tipo bem instável
pela possibilidade de uma revolta dos países com menos poder e
influencia. A balança multipolar é a mais estável de todas, pois
não existe um domínio na mão de poucos, dando mais opções aos
países com menos poder, sem gerar conflitos desnecessários.
- Classificar Balanças de Poder.
Unipolar:
EUA (Militar)
Bipolar:
EUA e URSS (Durante a Guerra Fria)
Multipolar:
Inglaterra/França/Rússia/Itália/Alemanha/Império Austro-Húngaro
(Durante a 1ª Guerra Mundial)
- Compreender o papel do equilíbrio do medo para a ausência de conflitos entre as potências.
Durante
a Guerra Fria, o equilibrio do medo foi essencial, isso porque as
duas potencias tinham medo do que a outra poderia fazer se fosse
inciada a guerra, ninguem sabia exatamente o tipo de armas que o
outro tinha e isso causava um certo receio no ataque, pois caso
ocorrece, seria um conflito sem vencedores.
- Compreender o modo de intervenção das potências em conflitos regionais.
O
modo de intervençao nos conflitos regionais foi o de oposiçao feita
pelas grandes potencias como podemos perceber na Coréia,
Vietnã e Afeganistão, além da Crise dos Misseis que, mesmo não
sendo considerada um conflito regional, foi um importante momento de
tensao entre as duas potencias, EUA e URSS.
- Compreender a importância da Corrida Espacial para as potências.
A
Corrida Espacial foi uma disputa entre as potencias, EUA e URSS, para
ver qual programa mais preparado para levar o homem a lua. A URSS
saiu na frente ao levar o primeiro objeto humano, o primeiro ser vivo
e o primeiro homem em orbita, sem chegar a pousar na lua. Mas, o
primeiro pouso tripulado foi feito por uma nave Norte-Americana,
Apolo. Os objetivos da Corrida Espacial era meramente militares e
ligados ao campo das telecomunicações.
- continuação ali em cima ...
Território
“Território é a porção do espaço geográfico em que ocorre
o exercício de poder”
Claude Raffestin
Poder:
capacidade
de produzir uma ação no outro.
Na geografia humana, o conceito de território
é definido como o espaço sobre o qual se exerce a soberania do Estado, ou
seja, é ele quem controla e organiza a sociedade.
Território
de fato e de direito
Território de direito é aquele que está escrito em uma
lei, já foi juridicamente definido. Já o território de fato é aquele ocupado por
algo ou alguém sem ser definido pela lei.
Ex: (direito) Uma pessoa compra um
terreno e faz a escritura em seu nome, assumindo legalmente a propriedade.
(fato) Uma pessoa que utiliza ou mora em
um terreno mas que não lhe pertence.
Poder
político
O poder político nas democracias é a
vontade da maioria através do governante. Na ditadura o poder político não
existe, já que em um governo totalitário o ato de
coação é aplicado sem visar o bem público.
Poder paralelo
O poder paralelo é um poder
não legal, que é contra as ideias do governo. É, por exemplo, um grupo que
segue suas próprias leis e que age por conta própria, sem se importar com as
leis impostas pelo governo.
Cultura - Cap. 3
Compreender
as diversas dimensões do conceito de cultura.
- Cultura é um conceito muito difícil de ser definido, isso porque ela possui, para cada povo, um significado diferente. Mas, mesmo com essa dificuldade de se conceituar esta palavra, alguns estudiosos tentam e chegam a conclusão de que cultura é o conjunto de costumes e valores que são passados de geração para geração e repetidos.
Diferenciar
e Identificar abordagens etnocêntricas de relativistas.
- Todas as pessoas, sem exceção, são etnocêntricas. A única coisa que as diferencia é o grau de etnocentrismo. Mas ele nem sempre é uma coisa ruim. Muitas vezes, a ilusão de superioridade de alguns povos ajuda na preservação de seus costumes e de seus valores, ou seja, de sua cultura. Já no meio acadêmico, uma abordagem etnocêntrica é tida como burra, incompleta. Nesse meio, é necessário entender culturas diferentes não como inferiores, mas como iguais e que também merecem ser respeitadas. As abordagens relativistas por outro lado, analisam outras culturas se desvinculando de seus próprios valores, como no meio acadêmico. Para alguns estudiosos, essa abordagem é utópica, ou seja, não sai da teoria.
Identificar
mecanismos de resistência cultural.
- Mecanismos de resistência cultural é basicamente terrorismo, xenofobia e todo tipo de agressão (verbal ou física) contra outras culturas, que tentam se impor e subjugar a outra, considerando-a inferior (utilizando a ideia de etnocentrismo).
- Outro mecanismo são protestos e movimentos da valorização da própria cultura, evitando a imposição de outras.
- Criação de movimentos separatistas. Estes ocorrem quando certo povo não aceita ser governado por outro, ou simplesmente não se sentem parte da nação da qual são obrigados a participar. (Ex: A Chechênia quer se separar da Russia, ser um outro país independente, pois eles tem cultura e língua própria e não se sentem russos.)
Compreender
a passagem da antiga abordagem antropológica, do evolucionismo
cultural, para a nova abordagem de Franz Boas e Malinowski.
- Antes de Franz Boas e Malinowski, existia uma abordagem etnocêntrica das culturas, que era influenciada pela teoria da evolução de Darwin, que dizia que os mais desenvolvidos eliminariam os que eram menos. Malinowski dizia que a única maneira de analisar uma cultura era pela convivência dentro dela. J Franz Boas discordava pois pensava que não era possível se "esquecer" de seus valores enquanto estivesse em contato com uma outra cultura.
Compreender
a observação participativa como técnica etnográfica.
- Na minha opinião, a observação participativa é muito importante, pois faz com que quem vem de fora, vivencie o que a cultura que esta sendo analisada proporciona. Acho também que muitas vezes essa analise pode ser incompleta, isso porque a maioria das pessoas não consegue se desvencilhar de sua cultura, e faz uma analise etnocêntrica.
Compreender
o papel do Estado como ator de promoção da conservação cultural.
- O estado pode atuar de diversas formas:
- Por meio de leis que protejam o patrimônio físico (material) do local (como fazer a segurança desses locais ou obras e criar leis para protege-lo da ação humana evitando depredações e roubo)
- Através de programas de conscientização da população, levando as pessoas a reconhecerem a importância da cultura - tanto oral (ex: ditados populares, cantigas, folclore) como material (estátuas, prédios antigos, documentos históricos) para a construção da identidade de um povo.
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